Como identificar as espécies?

 

 

Um dos métodos mais utilizados para a identificação de espécies em campo é através da leitura e análise de guias de campo. Um guia de campo procura disponibilizar informações básicas sobre espécies que existem num determinado bioma, acompanhadas, na maioria dos casos, de fotografias ou ilustrações obtidas de exemplares em condições naturais ou de estruturas características desses exemplares. O guia de campo permite a observação mais detalhada das espécies de fauna e flora, tornando assim uma saída de campo mais instrutiva e atraente. Num guia de campo todas as espécies estão identificadas com seu nome científico, seguindo a nomenclatura científica. As espécies estão normalmente agrupadas pela respectiva família botânica, com a informação complementar referente às designações populares mais conhecidas e difundidas, quando existentes, o habito e o tipo de ambiente que a espécie ocupa bem como a sua área de distribuição. As fotografias ou ilustrações procuram sempre retratar aspectos característicos das espécies, facilitando assim a sua identificação em campo.

 

Existe ainda uma poderosa ferramenta utilizada na identificação de espécies, conhecida como chave dicotómica ou chave de identificação. Com a aplicação das chaves dicotómicas e através das suas descrições sistemáticas é possível chegar à identidade de um determinado ser vivo. O sistema de chaves dicotómicas trabalha oferecendo duas (ou às vezes mais) alternativas para cada característica e, a escolha de uma das alternativas determina a etapa seguinte, ou seja, a cada nível chegamos mais perto do nome da espécie que se pretende identificar. Não é objectivo das chaves dicotómicas incluir todas as espécies existentes, mas apenas um grupo restrito, por exemplo, as espécies que se podem encontrar numa determinada região geográfica ou ecológica, as espécies de uma só família ou género, como por exemplo: “espécies de carvalhos existentes em Portugal”.

 

Independentemente da ferramenta usada, o processo de identificação de espécies nem sempre é um trabalho fácil. Os investigadores recomendam que se acompanhe uma espécie durante um período considerável para, com base nas características que revela ao longo do seu ciclo de vida, poder ser feita uma identificação correcta.